As Cataratas do Iguaçu são uma das Novas Maravilhas da Natureza, conforme resultado preliminar da Fundação New Seven Wonders divulgado no site da entidade, no final da tarde de sexta-feira (11), às 17h07 (horário de Brasília). Outra atração brasileira eleita foi a Amazônia.
A eleição para as Novas Sete Maravilhas da Natureza teve início em 2007, com a participação de 440 atrações de 200 países e territórios. O Comitê Vote Cataratas foi formado para alavancar votos para o atrativo. Após duas etapas, que envolveram o voto popular e a seleção de especialistas, as Cataratas do Iguaçu conquistaram uma vaga entre as 28 finalistas.
Dirigido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal responsável pela gestão das Unidades de Conservação do Brasil, o Iguaçu é exemplo de integração entre a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais.
O Parque nacional do Iguaçu, criado em 1939, pelo Decreto N° 1.035, abriga o maior remanescente de floresta Atlântica (estacional semidecídua) da região sul do Brasil. O Parque protege uma riquíssima biodiversidade, constituída por espécies representativas da fauna e flora brasileiras, das quais algumas ameaçadas de extinção, como onça-pintada (Pantheraonca), puma (Puma concolor), jacaré-de-papo-amarelo (Caimanlatirostris), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), gavião-real (Harpia harpyja), peroba-rosa (Aspidospermapolyneutron), ariticum (Rolliniasalicifolia), araucária (Araucariaaugustifolia), além de muitas outras espécies de relevante valor e de interesse cientifico.
Do alto, do solo ou da água, a Amazônia brasileira é um impacto para os olhos. Por seus 6,9 milhões de quilômetros quadrados em nove países sul-americanos (Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa) espalha-se uma biodiversidade sem paralelos. É ali que mora metade das espécies terrestres do planeta. Só de árvores, são pelo menos 5 mil espécies. De mamíferos, passa das 300. Os pássaros somam mais de 1.300, e os insetos chegam a milhões.
No Brasil, o bioma Amazônia cobre 4,2 milhões de quilômetros quadrados (49% do território nacional), e se distribui por nove estados (Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, parte do Tocantins e parte do Maranhão). O bioma é muitas vezes confundido com a chamada Amazônia Legal - uma região administrativa de 5,2 milhões de quilômetros quadrados definida em leis de 1953 e 1966 e que, além do bioma amazônico, inclui cerrados e o Pantanal. Sob as superfícies negras ou barrentas dos rios amazônicos, 3 mil espécies de peixes deslizam por 25 mil quilômetros de águas navegáveis: é a maior bacia hidrográfica do mundo. Às suas margens, vivem em território brasileiro mais de 20 milhões de pessoas, incluindo 220 mil indígenas de 180 etnias distintas, além de ribeirinhos, extrativistas e quilombolas. Levando-se em conta toda a bacia amazônica, os números crescem: são 33 milhões de pessoas, inclusive 1,6 milhão de povos indígenas de 370 etnias.
Além de garantir a sobrevivência desses povos, fornecendo alimentação, moradia e medicamentos, a Amazônia tem uma relevância que vai além de suas fronteiras. Ela é fundamental no equilíbrio climático global e influencia diretamente o regime de chuvas do Brasil e da América Latina. Sua imensa cobertura vegetal estoca entre 80 e 120 bilhões de toneladas de carbono. A cada árvore que cai, uma parcela dessa conta vai para os céus.
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